
Assim, estes estímulos proporcionados pelo meio, devem ter
início na infância, o período em que o ser humano é mais recetivo a adquirir
conhecimento. Uma vez que, estes serão responsáveis, pelo aumento da
complexidade das ligações entre os neurónios, portanto irão auxiliar o
desenvolvimento cognitivo da criança.
"O bebé não é determinado pelo ambiente, mas apenas um ambiente suficientemente bom, será capaz de oferecer as condições necessárias para o desenvolvimento do self, para que o bebé possa vir a ser ele mesmo." (Winnicott, D.W. "Objetos transicionais e fenómenos transicionais - O brincar e a realidade")
O Homem é o ser vivo, que à nascença, possui maior capacidade
para adquirir conhecimentos. Ou seja, o seu programa genético é o mais aberto
em relação às outras espécies, sendo por isso, o ser mais frágil a este nível,
pois não possui qualquer tipo de conhecimento inicial, que possa garantir a sua
sobrevivência, estando dependente da sua mãe. A dependência é visível,
principalmente nos primeiros anos de vida, todavia, é no primeiro ano de vida
que a relação mãe/filho é estabelecida, de seu nome vinculação, em que será a
partir desta, que certas características, como a autonomia e a confiança, irão
determinar-se, espelhando no futuro o comportamento da criança.

Em suma, todas as espécies, estão limitadas pelas suas
caraterísticas, fruto dos genes que receberam dos seus progenitores. Estas,
serão responsáveis, por futuras potencialidades, que poderão determinar a
sobrevivência e evolução, ou a extinção das mesmas. O ser humano, não escapa a
esta dependência, resta-lhe fazer uso da sua capacidade racional, para tentar
auxiliar da melhor forma este processo, como tem feito a investir na genética,
para assim entender a complexidade deste processo.
Mafalda Alves
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