Emoções
Características das emoções:
. As emoções
estão relacionadas com o tempo. Não se pode falar de um desgosto que dure um
minuto ou de uma surpresa que dure dois dias. A emoção dura no tempo, tem um
princípio e um fim. O tempo é uma das qualidades da emoção.
. As emoções
variam de intensidade, o que nos permite distinguir, por exemplo, o receio do
medo ou do terror. Certas emoções, vividas com uma forte intensidade, têm um
efeito muito grande na nossa vida mental.
. As emoções
reflectem-se em alterações corporais através de gestos, movimentos, expressões
faciais, mímicas, aceleração do ritmo cardíaco, etc.
. As emoções
têm causas e objectos a que se dirigem. Surgem a propósito de um acontecimento,
pessoa, situação, recordação ou ideia.
. As emoções
caracterizam-se pela sua grande versatilidade, aparecendo e desaparecendo com
rapidez.
. As emoções
caracterizam-se pela sua polaridade: são positivas (alegria) ou negativas
(desgosto, medo). A qualidade positiva ou negativa da emoção varia de
intensidade. Uma pessoa pode sentir-se muito feliz ou só um pouco feliz.
. As emoções
não são hábitos, no sentido de que não se exprimem como parte de algum ciclo
regular. São reacções a experiências específicas.
. A emoção
não é determinada pelos fatos, mas pela interpretação dos fatos, um aluno tem
mau aproveitamento: se considera que os baixos resultados se devem à injustiça
dos professores, sentirá ira, se considera que o seu insucesso é devido à falta
de estudo, sentirá culpa
As Emoções são fundamentais para o
desenvolvimento saudável e até mesmo para a sobrevivência. Como é evidente e
obvio, os animais também possuem emoções, embora não tão elaboradas,
especificas e variadas como os seres humanos.
§
Emoções
Primárias: são inatas estas são comuns a todos os seres humanos. Deste grupo
fazem parte as emoções básicas, como: a alegria, tristeza, medo, nojo, raiva e
surpresa.
§
Emoções
Secundárias ou sociais dependem de factores e variáveis socioculturais. Estas
podem variar entre culturas e/ou sociedades. Exemplos dessas emoções: a culpa,
a vergonha, a gratidão, a simpatia, a compaixão, o orgulho, a inveja, o
desprezo, o espanto, etc.
§ Emoções de Fundo: estas estão
relacionadas com o bem-estar ou com o mal-estar interno. Estas são induzidas
por estímulos internos, com origem em processos físicos ou mentais, levando o
organismo a um estado de tensão ou relaxamento, fadiga ou energia.
Uma emoção propriamente dita é
um conjunto de respostas químicas e neurais que formam um padrão diferente do
habitual.
Sentimentos
Os sentimentos são únicos aos
seres humanos, podemos considera-los uma evolução das emoções. O sentimento é
uma auto percepção do próprio corpo, acompanhada pela percepção de pensamentos
com determinados temas e pela percepção de um modo de pensar.
Os sentimentos são mais
conscientes que a emoção, pois enquanto as emoções muitas vezes chegam ao ser
humano e aos animais de forma inconsciente, o sentimento é uma espécie de juízo
sobre essas emoções, que devido às emoções serem inconscientes, nem sempre
corresponde à verdade.
Afecto
A afectividade potencia o
ser humano a revelar os seus sentimentos em relação a outros seres e objectos.
Graças à afectividade, as pessoas conseguem criar
laços de amizade entre elas e até mesmo com animais irracionais, isto porque os
animais também são capazes de demonstrar afectividade uns com os outros e com
os seres humanos.
As relações
e laços criados pela afectividade não são baseados somente em sentimentos, mas
também em atitudes. Isso significa que em um relacionamento, existem várias
atitudes que precisam ser cultivadas, para que o relacionamento prospere.
Marcador
Somático
Damásio utiliza a seguinte situação
para exemplificar um dos níveis mais básicos desse processo:
verifique-se o que acontece quando alguém se desvia bruscamente de
um objecto prestes a cair em sua cabeça. Existe uma situação que exige uma
decisão imediata (o objecto em queda), existem opções de acção (desviar-se ou
não) e cada uma possui consequências diversas. No entanto, neste caso, não se
recorre ao conhecimento
consciente (explícito) nem a uma estratégia consciente de raciocínio. O
conhecimento foi
consciente pela primeira vez que se aprendeu que um objecto ao cair sobre a
cabeça pode ferir,
portanto é melhor evitar ser atingido. No entanto, a experiência
destas situações, à medida que se cresceu, levou o cérebro a ligar directamente
o estímulo desencadeador a resposta mais vantajosa, de forma a se accionar este
mecanismo rápida e automaticamente.
Para solucionar este dilema, segundo Damásio a pessoa teria duas
opções: o formalismo lógico ou a “hipótese do marcador-somático”. No
primeiro, decidindo “friamente” pela razão, teria que analisar
formalmente todas opções de decisão possíveis e
suas consequências penetrando em novos níveis, à medida que as decisões
escolhidas desdobram-se em um outro leque de opções possíveis. Esse cálculo,
mesmo em uma decisão aparentemente simples necessita da criação
contínua de mais e mais cenários e também da
criação contínua de narrativas verbais que acompanham
estes cenários e são essenciais à inferência lógica.
Damásio conclui que esta forma de raciocínio puramente lógico não
funcionaria. Por quê? Porque a pessoa perderia em sua memória as
incontáveis variáveis necessárias para as diversas comparações. A
atenção e a memória de trabalho humanas possuem uma capacidade restrita.
João Leite nº15 12ºB
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