terça-feira, 27 de maio de 2014

Emoções  
Características das emoções:
. As emoções estão relacionadas com o tempo. Não se pode falar de um desgosto que dure um minuto ou de uma surpresa que dure dois dias. A emoção dura no tempo, tem um princípio e um fim. O tempo é uma das qualidades da emoção.
. As emoções variam de intensidade, o que nos permite distinguir, por exemplo, o receio do medo ou do terror. Certas emoções, vividas com uma forte intensidade, têm um efeito muito grande na nossa vida mental.
. As emoções reflectem-se em alterações corporais através de gestos, movimentos, expressões faciais, mímicas, aceleração do ritmo cardíaco, etc.
. As emoções têm causas e objectos a que se dirigem. Surgem a propósito de um acontecimento, pessoa, situação, recordação ou ideia.
. As emoções caracterizam-se pela sua grande versatilidade, aparecendo e desaparecendo com rapidez.
. As emoções caracterizam-se pela sua polaridade: são positivas (alegria) ou negativas (desgosto, medo). A qualidade positiva ou negativa da emoção varia de intensidade. Uma pessoa pode sentir-se muito feliz ou só um pouco feliz.
. As emoções não são hábitos, no sentido de que não se exprimem como parte de algum ciclo regular. São reacções a experiências específicas.
. A emoção não é determinada pelos fatos, mas pela interpretação dos fatos, um aluno tem mau aproveitamento: se considera que os baixos resultados se devem à injustiça dos professores, sentirá ira, se considera que o seu insucesso é devido à falta de estudo, sentirá culpa

As Emoções são fundamentais para o desenvolvimento saudável e até mesmo para a sobrevivência. Como é evidente e obvio, os animais também possuem emoções, embora não tão elaboradas, especificas e variadas como os seres humanos.
§  Emoções Primárias: são inatas estas são comuns a todos os seres humanos. Deste grupo fazem parte as emoções básicas, como: a alegria, tristeza, medo, nojo, raiva e surpresa.
§  Emoções Secundárias ou sociais dependem de factores e variáveis socioculturais. Estas podem variar entre culturas e/ou sociedades. Exemplos dessas emoções: a culpa, a vergonha, a gratidão, a simpatia, a compaixão, o orgulho, a inveja, o desprezo, o espanto, etc.
§  Emoções de Fundo: estas estão relacionadas com o bem-estar ou com o mal-estar interno. Estas são induzidas por estímulos internos, com origem em processos físicos ou mentais, levando o organismo a um estado de tensão ou relaxamento, fadiga ou energia.   
Uma emoção propriamente dita é um conjunto de respostas químicas e neurais que formam um padrão diferente do habitual.

Sentimentos
Os sentimentos são únicos aos seres humanos, podemos considera-los uma evolução das emoções. O sentimento é uma auto percepção do próprio corpo, acompanhada pela percepção de pensamentos com determinados temas e pela percepção de um modo de pensar.
Os sentimentos são mais conscientes que a emoção, pois enquanto as emoções muitas vezes chegam ao ser humano e aos animais de forma inconsciente, o sentimento é uma espécie de juízo sobre essas emoções, que devido às emoções serem inconscientes, nem sempre corresponde à verdade.



Afecto

A afectividade potencia o ser humano a revelar os seus sentimentos em relação a outros seres e objectos. Graças à afectividade, as pessoas conseguem criar laços de amizade entre elas e até mesmo com animais irracionais, isto porque os animais também são capazes de demonstrar afectividade uns com os outros e com os seres humanos.
As relações e laços criados pela afectividade não são baseados somente em sentimentos, mas também em atitudes. Isso significa que em um relacionamento, existem várias atitudes que precisam ser cultivadas, para que o relacionamento prospere.

Marcador Somático

Damásio utiliza a seguinte situação para exemplificar um dos níveis mais básicos desse processo:   verifique-se o que acontece quando alguém se desvia bruscamente de um objecto prestes a cair em sua cabeça.  Existe uma situação que exige uma decisão imediata (o objecto em queda), existem opções de acção (desviar-se ou não) e cada uma possui consequências diversas. No entanto, neste caso, não se recorre  ao conhecimento consciente (explícito) nem a uma estratégia consciente de raciocínio. O conhecimento   foi consciente pela primeira vez que se aprendeu que  um objecto ao cair sobre a cabeça   pode ferir, portanto é melhor evitar ser atingido. No entanto,   a experiência destas situações, à medida que se cresceu, levou o cérebro a ligar directamente o estímulo desencadeador a resposta mais vantajosa, de forma a se accionar este mecanismo rápida e automaticamente.
Para  solucionar este dilema, segundo Damásio a pessoa teria duas opções: o formalismo lógico  ou a “hipótese do marcador-somático”. No primeiro, decidindo “friamente” pela razão, teria que  analisar formalmente   todas opções de decisão possíveis  e suas consequências penetrando em novos níveis, à medida que as decisões escolhidas desdobram-se em um outro leque de opções possíveis. Esse cálculo, mesmo em uma decisão aparentemente simples necessita  da criação contínua de mais e mais cenários  e  também da criação  contínua de narrativas verbais  que acompanham estes cenários e são essenciais à inferência lógica.

Damásio conclui que esta forma de raciocínio puramente lógico não funcionaria. Por quê?   Porque a pessoa perderia em sua memória as incontáveis variáveis necessárias  para as diversas comparações. A atenção e a memória de trabalho humanas possuem uma capacidade restrita.



João Leite nº15 12ºB

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