O ser humano, tal como todos os mamíferos, possui um cérebro dividido em dois hemisférios: o direito e o esquerdo. O córtex cerebral, camada cinzenta com 3 a 4 milímetros de espessura, cobre os hemisférios cerebrais e é onde residem as capacidades superiores humanas.
Ligados por um sistema de fibras nervosas, o corpo caloso, e separados por uma fissura longitudinal que os diferencia, os hemisférios desempenham funções diferentes. Efectivamente estes controlam a parte oposta do corpo humano, e isto deve-se ao facto de existir cruzamento dos feixes nervosos na condução de instruções até aos músculos.
Nos seres humanos, cada hemisfério especializou-se em diversas funções, o que é designado por lateralização hemisférica, o que não acontece nos outros animais pois os seus dois hemisférios possuem funções semelhantes.
Posteriormente ao conhecimento desta divisão do cérebro procurou-se atribuir-lhes funções específicas. Na década de 60, devido a investigações do neurocientista Jonh Sperry e dos cirurgiões Joseph Bogen e Philip Vogel , entre outras, foi possível compreender melhor o funcionamento do cérebro e o papel de cada hemisfério, permitindo reconhecer que:
- O hemisfério direito controla a formação de imagens, a percepção das formas, das cores das tonalidades afectivas e do pensamento concreto.
- O hemisfério esquerdo é responsável pelo pensamento, pela linguagem verbal, pelo discurso, pelo cálculo e pela memória.
Apesar desta diferença nos hemisférios cerebrais humanos, eles cooperam entre si e se um não funcionar, o outro tem muitas dificuldades em aguentar-se, ou seja, o seu funcionamento é complementar.
Devido a este funcionamento integrado dos dois hemisférios que somos capazes de, por exemplo, atribuir um significado a uma expressão verbal: num dialogo, o hemisfério esquerdo permite a produção do discurso e o direito dá a entoação ao que se diz. Dependendo da entoação a interpretação será diferente, e esta interpretação é da responsabilidade do hemisfério direito.
Ana Valente nº4
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