quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

variabilidade genética

  A variabilidade genética

Como falamos na aula a variabilidade genética resulta de um conjunto de variações genéticas no cariótipo de uma população que se acumulam com o tempo e se tornam hereditárias, fixando-se assim nesse grupo.
Esta é capaz de fazer uma dada população se adaptar ou não a um ambiente uma vez que a principal fonte de variabilidade genética são as mutações, que podem ser ou não favorecidas pela Selecção natural.

Processos que influenciam a variabilidade genética


  •  Selecção natural é um processo da evolução proposto por Charles Darwin para explicar a adaptação e especialização dos seres vivos conforme evidenciado pelo registo fóssil, sendo que as características favoráveis que são hereditárias tornam-se mais comuns em gerações sucessivas de uma população de organismos que se reproduzem, e que características desfavoráveis que são hereditárias tornam-se menos comuns.
  •  mutações são mudanças na sequência dos nucleotídeos do material genético de um organismo e podem ser causadas por erros de copia do material genético  durante a divisão celular, por exposição a radiação ultravioleta ou vírus. A célula pode também causar mutações deliberadamente durante processos conhecidos como hipermutação
  •  Recombinação genética  é a troca aleatória de material genético durante a meiose .


Darwin, ao propor a teoria da evolução, estabeleceu que o processo evolutivo só poderia ocorrer se houvesse variabilidade genética na população e se essa variabilidade influenciasse diferencialmente a sobrevivência e a reprodução. Aqueles que apresentam características que favorecem essas capacidades deixam mais descendentes e passam essas mesmas características adiante. Quando isso acontece ao longo de várias gerações essas características transformam-se em adaptações.  

A perda da variabilidade genética reduz a habilidade das populações de se adaptarem em resposta  às  mudanças ambientais. Por exemplo, se alguma mudança ambiental  drástica  ocorrer, a população com maior diversidade genética apresenta maior chance de possuir  pelo menos  aguns individuos com uma caracterísca genética que lhes permitam viver em tais  condições. Se a  diversidade genética é baixa, a população corre grande risco de não sobreviver,  pois provavelmente não  possuirão condições de se adaptarem a tal ambiente. A variabilidade  genética, portanto, é importante  para a persistência evolutiva das espécies. 

  A variabilidade genética
Como falamos na aula a variabilidade genética resulta de um conjunto de variações genéticas no cariótipo de uma população que se acumulam com o tempo e se tornam hereditárias, fixando-se assim nesse grupo.
Esta é capaz de fazer uma dada população se adaptar ou não a um ambiente uma vez que a principal fonte de variabilidade genética são as mutações, que podem ser ou não favorecidadas pela seleção natural.
Processos que influenciam a variabilidade genética
. Seleção natural é um processo da evolução proposto por Charles Darwin para explicar a adaptação e especialização dos seres vivos conforme evidenciado pelo registro fóssil, sendo que as características favoráveis que são hereditárias tornam-se mais comuns em gerações sucessivas de uma população de organismos que se reproduzem, e que características desfavoráveis que são hereditárias tornam-se menos comuns.
. mutações são mudanças na sequência dos nucleotídeos do material genético de um organismo e podem ser causadas por erros de copia do material genético  durante a divisão celular, por exposição a radiação ultravioleta ou vírus. A célula pode também causar mutações deliberadamente durante processos conhecidos como hipermutação
. Recombinação genética  é a troca aleatória de material genético durante a meiose .

Darwin, ao propor a teoria da evolução, estabeleceu que o processo evolutivo só poderia ocorrer se houvesse variabilidade genética na população e se essa variabilidade influenciasse diferencialmente a sobrevivência e a reprodução. Aqueles que apresentam características que favorecem essas capacidades deixam mais descendentes e passam essas mesmas características adiante. Quando isso acontece ao longo de várias gerações essas características transformam-se em adaptações.  
A perda da variabilidade genética reduz a habilidade das populações de se adaptarem em resposta  às  mudanças ambientais. Por exemplo, se alguma mudança ambiental  drástica  ocorrer, a população com maior diversidade genética apresenta maior chance de possuir  pelo menos  aguns individuos com uma caracterísca genética que lhes permitam viver em tais  condições. Se a  diversidade genética é baixa, a população corre grande risco de não sobreviver,  pois provavelmente não  possuirão condições de se adaptarem a tal ambiente. A variabilidade  genética, portanto, é importante  para a persistência evolutiva das espécies.

 
João Monteiro nº16 

COMPORTAMENTO HUMANO – INFLUÊNCIAS GENETICAS E EPIGENÉTICAS

O comportamento humano é um conjunto de estímulos e respostas, conscientes ou inconscientes, que está dependente de vários fatores que interagem com este, desde a sua conceção (fecundação) até à sua morte. Ao longo dos anos este conceito tem sido um alvo questionável quanto à dominância das influencias genéticas (hereditariedade) e/ou à dominância das influencias epigenéticas (fatores decorrentes do meio).
         Dentro desta ideia da hereditariedade podemos diferenciar dois tipos: a hereditariedade especifica, ou seja, aquela que corresponde à informação genética responsável pelas características que temos em comum enquanto seres humanos, e a hereditariedade individual, ou seja, aquela que nos distingue de todos os outros seres da mesma espécie, o que nos torna assim a cada um, um ser único. Aprofundando ainda esta noção de hereditariedade, fazemos referencia ao genótipo e ao fenótipo de um ser, sendo o genótipo o conjunto de determinações genéticas (genes) herdadas que podem ou não exprimir-se, e o fenótipo o conjunto de características observáveis que constituem a aparência do individuo, ou seja, é uma manifestação do genótipo tendo em conta a relação deste com o meio ambiente.

         Existe uma relação entre hereditariedade e meio, em que as potencialidades genéticas de um ser humano são desenvolvidas pela interação com o meio onde este se encontra, fazendo-se sentir esses efeitos do meio desde a fase embrionária. Assim, podemos sem duvida afirmar que a hereditariedade tem um papel importante para cada individuo e para a sua diferenciação, mas o efeito do meio, efeitos epigenéticos, são os que influenciam o comportamento humano.
         As características inatas que cada um apresenta são por vezes consideradas as características que cada homem apresenta á nascença, mas, é uma ideia errada pois mesmo no interior da mãe o embrião desenvolve-se com a existência da interação hereditariedade-meio. Após o nascimento, o meio natural e social vai definir grande parte do que somos. É com esta importante influencia que criamos o nosso próprio comportamento, o que pode ser comprovado com os casos de crianças selvagens, que se adaptam totalmente a um meio completamente diferente da maioria dos indivíduos da sua espécie e também os casos de gémeos verdadeiros, que apesar de apresentarem a mesma hereditariedade, ao longo dos anos em que se encontram em desenvolvimento (infância e adolescência), tornam-se dois seres psicologicamente diferentes.
  
“Somos fruto da paisagem em que vivemos; ela dita o nosso comportamento e até os nossos pensamentos, na medida em que reagimos a ela.” (Laurence Durrel)


                                                       
                                                                                                                         Cristiana Lopes nº11


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013


A especificidade do ser Humano

 

Para que se estabeleça um equilíbrio é necessário uma inter-relação entre forças, neste caso para que o Homem possa autoequilibrar-se, organizar-se e regularizar-se, é necessário o estabelecimento de inter-relações entre três conceitos, sendo eles Biologia, Cultura e História.

Quando falamos em Biologia, falamos na ciência que estuda a vida, ou seja, o ser vivo. E o que será um ser vivo se não um ser com necessidades, necessidades estas que se organizam de forma estratigráfica de acordo com as prioridades do ser, desde as mais básicas e essenciais, ás mais complexas e de autorrealização.

Conceitos como Filogénese, Ontogénese, SNC, Hereditariedade, Genes, Organismo, Primatas … constituem o “ADN” do percurso de um ser biológico, pois Biologia ,e o conceito mais geral de tudo aquilo que tem vida.

Mas a variabilidade é uma constante da evolução, e por isso é que o ser que evoluiu a parte central do ser vivo, o cérebro, se distingue de todos os outros , falamos então em especificidade do ser Humano.

O que será que nos faz tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais de todos os seres vivos? O que é realmente o ser Humano?

É aqui que surge o enigma da esfinge:  “O quê que de dia anda com quatro patas, à tarde anda com duas e à noite anda com três?”

Temos então associada à Biologia a Cultura.

Todos nós (seres Humanos) nascemos inseridos numa cultura, cultura essa que nos impôe normas e regras que nos orientam para uma certa conduta.

É esta capacidade de adquirir comportamentos adaptados ao meio, que nos distingue de todos os outros seres. Com certeza um urso polar, habituado as regiões mais gélidas, deparado num local como a África, a probabilidade dele sobreviver é praticamente nula. Já o Homem independentemente das condições a que está presente, tem a espantosa capacidade de se adaptar ao meio, pois se assim não fosse, a emigração não seria um fenómeno tão realizado nos dias de hoje.

O Homem é um ser dito racional, e por isso um ser que pensa, raciona e age segundo a razão, tendo assim a capacidade de adquirir conhecimento. Dentro do conhecimento temos vários tipos, como, a Arte, a Ciência, a Filosofia e a Religião, sendo que as duas últimas compõem a Moral/Ética.

O que serão então as normas, valores, princípios, regras, leis … ? Tudo isto constitui o “caráter normativo da cultura”. Cabe-nos a nós agora, escolher o caminho a seguir, daí que podemos ter um desvio positivo ou negativo de acordo com a (des)obediência e (in)conformismo.

É através destas atitudes contraditórias e que originam dinâmica, que levam à evolução e por isso se dão acontecimentos  como o 25 de Abril, a queda do muro de Berlim, etc …

Isto acontece devido ao facto da sociedade ser composta por um conjunto enormíssimo de indivíduos que divergem nas ideologias e nas atitudes, o que os leva a terem comportamentos diferentes.

Todos esses indivíduos são portadores de um percurso e portanto cada um de nós é História. E o que é a História se não um conjunto de fases caraterizadoras de uma vida!

As coordenadas fundamentais da História são o tempo e o espaço, pois tudo o que nos acontece é fruto do “Eu e aminha circunstância”, ou seja, todos nós reagimos de acordo com o momento em questão.

Pois na vida as circunstâncias mudam e por isso mudam as nossas reações e a isso damos o nome de evolução.

No nosso percurso temos a história coletiva e a individual, porque o “Homem não é uma ilha” mas sim um ser que estabelece relações sociais,e por isso quando falamos em história coletiva falamos em Humanidade, Espécie, Pátria  …, todos nós pertencemos a um grupo que estabelece relações entre si. Quando falamos da história pessoal, falamos de todo um conjunto de experiências /vivências pessoais que podem levar a um trauma psicológico caso se tome como uma má experiência.

Por tudo isto dizemos que o Homem é um ser bio cultural com um percurso histórico-pessoal .

 

                                                                                                                                                     Inês Costa

 
Síndrome de Down

A Síndrome de Down ou também chamada Trissomia do cromossoma 21 é um distúrbio causado pela presença total ou parcial de três cromossomas 21.
Tem este nome em homenagem a um médico chamado John Langdon Down, que em 1862 descreveu a síndrome.
A síndrome é caracterizada por uma combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal. Geralmente está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico e é geralmente identificada no nascimento mas ao longo do tempo, com influência do meio e pode ser atenuada (como todas as outras mutações).


Tipos de Trissomia do 21 ou Síndrome de Down

Há 3 tipos principais de anomalias cromossômicas ou variantes, na sindroma de Down.

•  trissomia simples (padrão): a pessoa possui 47 cromossomss em todas as células. A causa da trissomia simples do cromossoma 21 é a não disjunção cromossômica.

•  translocação: o cromossoma extra do par 21 fica junto a outro cromossoma. Nese caso embora indivíduo tenha 46 cromossomos, ele é portador da Síndrome de Down. 

•  mosáico: a alteração genética compromete apenas parte das células, ou seja, algumas células têm 47 e outras 46 cromossomos. Os casos de mosaicismo podem originar-se da não disjunção mitótica nas primeiras divisões de um zigoto normal.



Cariótipo de um individuo com Síndrome de Down


Características

Um portador da Síndrome de Down normalmete apresenta as seguintes carateristicas, além do retardo mental:
  • Face achatada;
  • Fenda palpebral oblíqua;
  • Orelhas displásicas;
  • Pele abundante no pescoço;
  • Prega palmar transversa única;
  • Hiperelasticidade articular;
  • Pelve displásica;
  • Displasia da falange média do quinto dedo.


Estas características variam entre os portadores. Podem apresentar várias ao mesmo tempo ou muito poucas. A intensidade também varia. Normalmente os indivíduos são de baixa estatura e quase 40% dos casos possuem problemas cardíaco.
Apresentam também malformações no trato gastrintestinal, perdas auditivas e apresentam características da doença de Alzheimer.





Evolução, Tratamento e Prevenção das Complicações

Os doentes com trissomia 21 necessitam de uma avaliação cuidadosa durante o período neonatal. Podem ser necessários estudos imagiológicos do coração, rins e abdómen associados a uma avaliação do estado de nutrição e do aparelho respiratório. 
O diagnóstico é feito, muitas vezes, durante o período pré-natal, permitindo informar os pais mais precocemente. No período neonatal, é importante fazer-se a detecção das anomalias presentes, e assegurar um suporte nutricional adequado. Deve ser ponderado o tipo de intervenção médica/cirúrgica adequado a cada caso, nomeadamente nos casos em que é possível uma terapêutica vantajosa (obstipação, estrabismo, anomalias da tiróide, dentárias, instabilidade atlantoaxial (da coluna cervical). Durante a infância devem ser feitos estudos anuais da função tiroideia e avaliações da visão e audição. Na adolescência, deve ser feita uma vigilância cuidadosa do peso, doenças autoimunes (diabetes do tipo 1 e doença celíaca (alergia ao glúten),problemas visuais e auditivos. O comportamento e aproveitamento escolar, quando problemáticos carecem de medidas de apoio.

Vitor Antunes

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Sistema Nervoso Humano

 

 O Sistema Nervoso controla as estruturas fisiológicas que se relaciona com o comportamento humano. Este é constituído por um conjunto de órgãos, que tem como função garantir o equilíbrio interno e externo do organismo.
 O sistema nervoso é constituído por dois subsistemas tais como o sistema nervoso central (desempenha as tarefas associadas ao processamento e coordenação e é constituído pela espinal medula e pelo cérebro) e o sistema nervoso periférico (desempenha tarefas associadas à condução de informações e é constituído por os nervos sensoriais e motores).
 Este é constituído por células nervosas, designadas por neurónios (unidades básicas formadas pelo corpo celular, dendrites e axónio). Há duas propriedades que os neurónios apresentam: excitabilidade (reacção de estímulos) e condutibilidade (transmite as excitações a outras células nervosas).
 Do sistema nervoso também faz parte dois sistemas antagónicos: sistema nervoso simpático (estimula ações que mobilizam energia, como por exemplo, aumento do ritmo cardíaco e da pressão arterial) e sistema nervoso parassimpático (estimula acções relaxantes, tais como, diminuição do ritmo cardíaco e da pressão arterial).
                                     
                                                                                                                             Patrícia Pinto
                                                                                          
 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Preformismo e Epigénese

Ao longo da história, o ser humano sempre demonstrou profundo interesse em conjeturar explicações acerca do mundo que o rodeia, dos fenómenos que lhe estão associados e sobre si mesmo. O inconformismo, a não-aceitação de uma ideia, de uma visão, de um princípio com a apresentação de objeções permitiu, desde sempre, a evolução do conhecimento científico.
Uma das questões que sempre interrogou o Homem recai sobre a forma como o genótipo (conjunto de genes individuais de cada ser vivo) influencia o comportamento de um indivíduo. Surgiram, então, duas principais perspetivas sobre a ação genética: uma que privilegia o papel da hereditariedade (teoria da preformação); outra que admite que o meio desempenha um papel importante no desenvolvimento individual (teoria da epigénese).



O preformismo (também conhecido por maturacionismo ou geneticismo), teoria formulada em meados do século XVII, defende que o ovo continha um ser em miniatura, completamente formado a nível físico e mental (o homúnculo). Desta forma, o desenvolvimento do indivíduo limitava-se à simples ampliação do homúnculo. Esta conceção não admite que o meio tem qualquer influência no desenvolvimento do indivíduo. Esta linha de pensamento dividiu-se em dois "ramos". Um dos "ramos" era constituído por cientistas que defendiam que o futuro ser já se encontrava em miniatura no espermatozóide. O outro era constituído por aqueles que afirmavam que o novo ser existia preformado no óvulo. No século XVIII, Charles Bonnet (naturalista suiço), reafirma que o desenvolvimento embrionário era apenas uma ampliação do homúnculo. Assim, esta conjetura apoiava que o ser humano era determinado apenas por factores genéticos  determinismo hereditário (ou seja, o desenvolvimento depende apenas da componente hereditária). A crença nesta teoria justifica o facto de, na altura, as crianças serem vestidas e abordadas da mesma forma que os adultos.



Por outro lado, em 1759 (séc. XVIII), Caspar Wolff (biólogo alemão) nega a teoria do preformismo, apresentando uma nova perspectiva – a teoria da epigénese. Segundo esta conceção, não existe um ser em miniatura no ovo, mas sim um ser incompleto que se vai desenvolvendo e cujas características físicas e mentais são construídas a partir dos genes e da sua interacção com o meio. Ou seja, no processo de desenvolvimento do embrião até ao ser adulto, o indivíduo vai adquirindo potencialidades que não preexistiam no ovo, mas que vão surgindo das várias experiências que vive. Portanto, o genótipo é apenas um conjunto de informações que podem ou não manifestar-se.



Como podemos ver, a visão epigenética sobre a evolução dos indivíduos é a mais correcta. Isto porque na realidade os seres humanos nascem inacabados, com menos capacidades do que aquelas que terão em adulto. Por exemplo, um recém-nascido é, durante algum tempo, incapaz de comunicar verbalmente. Vai aprendendo a fazê-lo de acordo com aquilo que presencia no meio em que se insere. Deste modo, aprende o idioma que o meio à volta dele utiliza.

Portanto, o desenvolvimento do ser humano não é como uma simples ampliação de uma fotografia, na qual o ser em miniatura se limita a crescer. Pelo contrário, o desenvolvimento resulta de um conjunto complexo de interações entre a hereditariedade, o meio físico e o meio social em equilíbrio.


Joana Guimarães

domingo, 1 de dezembro de 2013

Preformismo vs Epigénese

          Na tentativa de compreender o ser humano, os seus processos de aprendizagem e de desenvolvimento, foram surgindo algumas perspectivas, no que diz respeito ao papel da genética na determinação dos caracteres do individuo. De entre as perspectivas, podemos salientar: o Preformismo e a Epigenética.

  
Preformismo
                             
  O Preformismo, também designado por Maturacionísmo ou Geneticísmo, é uma perspectiva que sustenta a ideia de que no ovo já estão presentes todas as futuras características do novo ser, ou seja, existe um ser em miniatura, completamente formado fisicamente e a nível das suas capacidades cerebrais - o homúnculo. O seu desenvolvimento limitava-se apenas ao crescimento do corpo, independentemente do meio em que ocorresse o seu desenvolvimento. Desta forma, admite que o desenvolvimento do ser humano obedece a um programa geneticamente preestabelecido independentemente do meio; o que significa que o desenvolvimento é como uma actualização de estruturas hereditárias existentes no genótipo. 
  Podemos concluir que esta perspetiva assume que a acção dos genes tem um papel determinante e mais importante no desenvolvimento, do que o papel da influência de factores externos (meio). 
    No entanto, hoje em dia, esta perspectiva não passa de uma teoria, uma vez que já se pode comprovar que as capacidades do Homem definem-se através dos genes e do meio ambiente (fatores externos).



Epigénese




    Por oposição ao Preformismo, a Epigénese afirma que o ovo é uma estrutura desorganizada que sofrerá diferenciação, no qual existe um ser inacabado que se desenvolve lentamente (ou seja, não existe um ser preformado), cujas características físicas e mentais desenvolvem-se e constroem-se a partir da informação do genótipo (genes) e da influência do meio que o rodeia. 
   Ao longo do seu desenvolvimento vai adquirindo novas aptidões devido às experiências que vivem, o que faz com que o genótipo seja apenas uma instrução das características que podem ou não manifestar-se.
  O termo epigenético diz respeito a tudo o que o património genético não determina. Corresponde à transmissão das modificações da expressão dos genes, mas que não implicam modificações na sequência de ADN. Existe assim variabilidade individual, o que não está ao alcance do determinismo epigenético. 
   Podemos concluir que a epigénese considera que o desenvolvimento resulta de uma combinação integrada da influência dos genes (fatores internos) e da influência do meio ambiente (fatores externos), excluindo a hipótese de que o papel dos genes é o único que determina as características do ser humano e considerando a importância da influência do meio, uma vez que são ambos importantes no desenvolvimento do indivíduo.



                                                                                                                        Ana Valente

domingo, 24 de novembro de 2013

O vínculo: hereditariedade e espécies

O papel da hereditariedade, isto é, da transmissão de informações genéticas dos progenitores à descendência, confere uma predisposição genética para características físicas, tais como, a altura ou a cor dos olhos. Mas também para uma maior facilidade de realizar uma tarefa, como desenhar, aprender línguas ou até tocar instrumentos musicais. No entanto, se esta não for estimulada pelo meio, o seu sucesso pode ficar comprometido.
Assim, estes estímulos proporcionados pelo meio, devem ter início na infância, o período em que o ser humano é mais recetivo a adquirir conhecimento. Uma vez que, estes serão responsáveis, pelo aumento da complexidade das ligações entre os neurónios, portanto irão auxiliar o desenvolvimento cognitivo da criança.

"O bebé não é determinado pelo ambiente, mas apenas um ambiente suficientemente bom, será capaz de oferecer as condições necessárias para o desenvolvimento do self, para que o bebé possa vir a ser ele mesmo." (Winnicott, D.W. "Objetos transicionais e fenómenos transicionais - O brincar e a realidade")

O Homem é o ser vivo, que à nascença, possui maior capacidade para adquirir conhecimentos. Ou seja, o seu programa genético é o mais aberto em relação às outras espécies, sendo por isso, o ser mais frágil a este nível, pois não possui qualquer tipo de conhecimento inicial, que possa garantir a sua sobrevivência, estando dependente da sua mãe. A dependência é visível, principalmente nos primeiros anos de vida, todavia, é no primeiro ano de vida que a relação mãe/filho é estabelecida, de seu nome vinculação, em que será a partir desta, que certas características, como a autonomia e a confiança, irão determinar-se, espelhando no futuro o comportamento da criança.


Por contraste, répteis como as tartarugas possuem um programa genético mais fechado, pois revindicam à nascença de conhecimentos necessários à sua sobrevivência. Daí na altura da desova são deixadas pelas progenitoras em ninhos nas praias e estas retornam ao mar; quando as tartarugas bebés nascem, rumam em direção ao mar, garantindo dessa forma a sua sobrevivência, pois lá encontram alimento e proteção, porque em terra encontrariam predadores, como os caranguejos que poderiam pôr em causa a sua sobrevivência.
Em suma, todas as espécies, estão limitadas pelas suas caraterísticas, fruto dos genes que receberam dos seus progenitores. Estas, serão responsáveis, por futuras potencialidades, que poderão determinar a sobrevivência e evolução, ou a extinção das mesmas. O ser humano, não escapa a esta dependência, resta-lhe fazer uso da sua capacidade racional, para tentar auxiliar da melhor forma este processo, como tem feito a investir na genética, para assim entender a complexidade deste processo.


Mafalda Alves

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Sec. XXI




“A passagem da modernidade para a contemporaneidade ocasionou a mudança de um modelo de sociedade. De uma sociedade vista por Foucault como “Disciplinar”, para um modelo de sociedade identificada por Gilles Deleuze (1992) como de “controle”.”
O ser humano como um conjunto de genes e regras, esta condicionado a uma liberdade de escolha desde que é gerado pelo encontro dos gametas, encontra-se restrito à estrutura genética como à sociedade onde irá ser integrado. Até a maneira como o ser humano irá estimular os seus genes esta regulada por uma sociedade imposta de regras e normas. Desde um passado longínquo, um presente a um futuro o Homem inconscientemente acaba por se tornar dependente destes três tempos, uma vez que sente necessidade de explicar um passado seu que diz respeito aos seus antepassados condicionando de certo modo a sua maneira de agir, este animal extraordinário sente a necessidade de evoluir no presente, mostrar que é capaz mas é condicionado pelo sociedade onde se incorpora e no futuro apenas espera ter sucesso e sentir-se completo mas mais uma vez irá encontrar-se-á condicionado.
Esta nova sociedade da qual tratamos por “sociedade de control” advém de uma outra sociedade denominada “disciplinar”, ou seja, passamos da inquisição onde governava o medo, o juízo e o castigo para uma chamada de república liberal, “um pequeno passo para o Homem, mas um grande passo para a Humindade”. “Sociedade de controlo” pressupõem um trabalho concentrado no colectivo não baseado apenas no individuo e na sua educação, encontramo-nos numa plena transição da reclusão para um controle aberto e continuo. Evoluímos sem darmos conta… O preconceito diminui, demos oportunidade para o Homem se tornar compreensível e amável, há uns bons anos atrás a entreajuda não existia os nossos pensamentos eram cobertos de vingança e destruição, ganhar uma guerra era o nosso objectivo. Mas agora somos capazes de ajudar de quem necessita, somos capazes de ter compaixão à vida, somos capazes de largar tudo por uma causa maior, cada vez a ajuda é maior, cada vez mais a Humanidade começa a notar-se. O ser humano continua ser controlado mas de forma menos visível, porque por mais que lutemos por uma liberdade absolutista iremos estar sempre condicionados a regras, a disciplina, a medos, a estereótipos… A um conjunto de características que gera uma cultura sobre a qual iremos estar sempre aprisionados em qualquer ponto deste enorme planeta. Mas o grande problema desta sociedade actual situa-se na grande quantidade de informação que temos disponível e carecermos desta mesma, este grande paradoxo leva a ignorância. E todos aqueles que lutaram para tornar esta sociedade um local que valha a pena viver, os chamados inconformistas, agora apenas lhe resta o esqueleto e todo o seu esforço para que futuras gerações pudessem ter gosto e orgulho do que nos torna-mos desvanece entre mentalidades fúteis e sem objectivos. Age sobre o que esta mal, não apontes… Não te conformes com a péssima realidade onde se irão encontrar os teus futuros filhos. Protesta sobre aquilo que te não deixa sentir realizado, porque foi assim que deixamos de nos tornar tão dependentes do meio e terminamos numa “sociedade de controlo”.
Por fim apenas cito “somos nós os produtores e produtos desta sociedade que criámos. Não somos simples marionetas deste jogo de forças, mas co-autores no nosso silêncio, na “naturalidade” com que encaramos este estado das coisas.” 

Adriana Mendes

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Programa Genético Aberto e Fechado

Programa genético aberto está relacionado com a flexibilidade/adaptabilidade, isto é, dar a liberdade suficiente para o ser evoluir e adaptar-se a meios diferentes . Estando assim o ser Humano no programa genético aberto pois, temos a capacidade de nos adaptar a vários ambientes e não reagimos a apenas instintos, daí não termos comportamentos animais . O ser possui um programa genético aberto se, também, não for especializado em alguma coisa , mas sim se possuir uma grande capacidade de fazer de tudo um pouco.

Programa genético fechado implica a incapacidade de adaptação ou mudança de comportamentos pois estão de certa forma "programados" para reagirem de uma certa maneira sendo assim os animais e as plantas os seres mais comuns com um programa genético fechado. o ser mais simples do mundo , a amiba , possui um programa genético fechado .













                                      Henrique Ferreira

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Síndrome de Asperger



Em cidades, subúrbios ou qualquer outra parte do mundo  existe um determinado grupo de pessoas “diferentes” que consideram a vida extremamente caótica e confusa. São pessoas possuidores de uma mente que se rege somente pela lógica, fator esse que acabará por lhes servir de barreira para a entrada no mundo das relações interpessoais e conduzi-los-à à exclusão social



O que muito resumidamente defini é qualquer pessoa portadora da Síndrome de Asperger.

Parafraseando a definição oficial, a Síndrome de Asperger  é uma perturbação neurocomportamental definida como uma disfunção do desenvolvimento que se manifesta sobretudo na interação social, na comunicação e no comportamento. As suas causas não são ainda totalmente compreendidas. Estudos revelam que alguns dos indivíduos que possuem este síndrome passaram por uma série de complicações durante os períodos de pré-natal, neonatal e durante o parto. Em suma, pode-se afirmar que experiências desfavoráveis ​​nos períodos pré-natal, perinatal e pós-natal podem aumentar a probabilidade de síndrome de Asperger.
Contudo, a pesquisa sugere que o factor genética também é relevante no estudo das causas da Síndrome de Asperger. Por exemplo, quando na família existem relatos de membros que satisfaçam os critérios para a síndrome, a probabilidade dos descendentes possuírem este síndrome é muito maior.
O departamento da neurobiologia e da genética concluem, então, que algumas regiões cromossómicas específicas têm sido associadas especificamente com a síndrome de Asperger.




Como consequência das dificuldades acima descritas, os «aspies» acabam por se isolar e limitar os seus interesses a determinados temas e assuntos, atitude que prejudica ainda mais a construção de uma relação com os que o rodeiam. Não desfrutam do contacto social uma vez que lhes é complicado compreender até o mais simples comportamento humano. Por essa razão, vêm na solidão uma espécie de abrigo ou porto seguro. Exprimem grande dificuldade em perceberam expressões faciais ou emoções. Não entendem recursos estilísticos como a ironia, o sarcasmo ou a metáfora pois regem-se por um pensamento puramente lógico onde não há espaço para o duplo sentido das frases ou a polissemia das palavras.




Acabam por carregar, na sua mente, um mundo completamente diferente, algo que se revela na forma peculiar em que constroem o seu discurso. São normalmente acusados de serem frios e distantes pois revelam grande dificuldade em exprimirem sentimentos ou emoções. São, vulgarmente, denominados de arrogantes ou de mau caráter devido à sua ingenuidade e falta de filtro (ou sinceridade) que revelam aquando tentam estabelecer relações sociais.


São fãs de rotinas e quando interessados em algo podem até mesmo desenvolver um comportamento obsessivo-compulsivo, insistindo na repetição desnecessária do assunto que, de certa forma, os excita ou tendem a ter uma inapropriada fixação no objeto-interesse. São muito suscetíveis a acessos de raiva quando contrariados e vivem num estado de ansiedade extrema. Têm, normalmente, um QI bem acima da média revelando uma boa resposta perante desafios complicados e não descansam até que estes se encontrem corretamente resolvidos. Não demonstram, porém, grande interesse pelos desportos uma vez que não entendem o porquê das regras implícitas terem de ser de determinada forma e não poderem ser da forma que ele deseja, outro dos fatores que poderá levar à exclusão social.




Os «aspies» poderão vir a desenvolver um estado depressivo por se considerarem estranhos ou esquisitos e acharem a tarefa de se misturarem com os outros extremamente árdua. Outras das particularidades dos «aspies» é a  diminuição da sensibilidade à dor e a fraca noção do perigo.








Apesar de todas estas adversidades, os indivíduos possuidores da Síndrome de Asperger,  quando adultos, podem viver de forma comum, como qualquer outra pessoa, porém enfrentarão sempre certas dificuldades peculiares à sua condição. Ainda que sofram de exclusão social, especialmente quando mais novos, estes indivíduos, com a ajuda de especialistas, conseguem ser inseridos na sociedade e vir a desempenhar grandes cargos (principalmente ligados às ciências).


Curiosidades :
· grandes personalidades como Newton e Einstein (físicos) , Darwin (naturalista), Miguel Ângelo (pintor renascentista), Stanley Kubrick,  Steven Spielberg, Alfred Hitchcock e Tim Burton (realizadores de cinema), Bill Gates (formador da empresa de software da Microsoft),  possuem/possuíam fortes traços da síndrome de Asperger;

· o Síndrome de Asperger é mais comum no género masculino.


Para completar o meu artigo, para além da exposição de imagens e da recolha das curiosidades, decidi ainda colocar dois vídeos onde demonstra, claramente, os síndromes/ comportamentos adotados pelos «aspies». Apesar de tratarem do mesmo assunto os dois vídeos provocam dois sentimentos antagónicos, sendo que o primeiro, retirado da série “Parenthood”, demonstra o Síndrome de Asperger de uma forma mais dramática e, o segundo, retirado da série “The Big Bang Theory”, mostrará o mesmo síndrome de uma forma mais cómica e descontraída. 





Carolina Veiga