quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

COMPORTAMENTO HUMANO – INFLUÊNCIAS GENETICAS E EPIGENÉTICAS

O comportamento humano é um conjunto de estímulos e respostas, conscientes ou inconscientes, que está dependente de vários fatores que interagem com este, desde a sua conceção (fecundação) até à sua morte. Ao longo dos anos este conceito tem sido um alvo questionável quanto à dominância das influencias genéticas (hereditariedade) e/ou à dominância das influencias epigenéticas (fatores decorrentes do meio).
         Dentro desta ideia da hereditariedade podemos diferenciar dois tipos: a hereditariedade especifica, ou seja, aquela que corresponde à informação genética responsável pelas características que temos em comum enquanto seres humanos, e a hereditariedade individual, ou seja, aquela que nos distingue de todos os outros seres da mesma espécie, o que nos torna assim a cada um, um ser único. Aprofundando ainda esta noção de hereditariedade, fazemos referencia ao genótipo e ao fenótipo de um ser, sendo o genótipo o conjunto de determinações genéticas (genes) herdadas que podem ou não exprimir-se, e o fenótipo o conjunto de características observáveis que constituem a aparência do individuo, ou seja, é uma manifestação do genótipo tendo em conta a relação deste com o meio ambiente.

         Existe uma relação entre hereditariedade e meio, em que as potencialidades genéticas de um ser humano são desenvolvidas pela interação com o meio onde este se encontra, fazendo-se sentir esses efeitos do meio desde a fase embrionária. Assim, podemos sem duvida afirmar que a hereditariedade tem um papel importante para cada individuo e para a sua diferenciação, mas o efeito do meio, efeitos epigenéticos, são os que influenciam o comportamento humano.
         As características inatas que cada um apresenta são por vezes consideradas as características que cada homem apresenta á nascença, mas, é uma ideia errada pois mesmo no interior da mãe o embrião desenvolve-se com a existência da interação hereditariedade-meio. Após o nascimento, o meio natural e social vai definir grande parte do que somos. É com esta importante influencia que criamos o nosso próprio comportamento, o que pode ser comprovado com os casos de crianças selvagens, que se adaptam totalmente a um meio completamente diferente da maioria dos indivíduos da sua espécie e também os casos de gémeos verdadeiros, que apesar de apresentarem a mesma hereditariedade, ao longo dos anos em que se encontram em desenvolvimento (infância e adolescência), tornam-se dois seres psicologicamente diferentes.
  
“Somos fruto da paisagem em que vivemos; ela dita o nosso comportamento e até os nossos pensamentos, na medida em que reagimos a ela.” (Laurence Durrel)


                                                       
                                                                                                                         Cristiana Lopes nº11


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