António Damásio
António Rosa Damásio nasceu em Lisboa a 25 de Fevereiro de 1944.
É um médico neurologista, neuro cientista português.
Licenciou-se em Medicina na Faculdade
de Medicina da Universidade de Lisboa, onde veio
também a doutorar-se. Após uma estadia no Centro de Investigação da Afasia de Boston (Estados Unidos), regressou ao
Departamento de Neurologia do Hospital Universitário de Lisboa. Entre os anos
de 1996-2005 Damásio trabalhou no hospital da University of Iowa.
Tem conhecimentos
em neuro biologia do comportamento humano e é investigador das áreas cerebrais responsáveis pela tomada de decisões e
conduta.
Observou o comportamento em centenas de doentes com lesões
no córtex pré-frontal, permitindo concluir que, embora a capacidade intelectual
se mantivesse intacta, esses doentes apresentavam mudanças constantes do
comportamento social e incapacidade de estabelecer e respeitar regras sociais.
Os seus estudos debruçam-se sobre a área designada por
ciência cognitiva, e têm sido decisivos para o conhecimento das bases cerebrais
da linguagem e da memória.
Em 2010 é distinguido com o prémio Honda,
atribuído pela Honda Foundation, no valor de 80 mil euros, aproximadamente.
Damásio e a mente
Damásio procura compreender a mente a partir do funcionamento do cérebro.
Rejeita o dualismo corpo-mente, afirmando que a mente é uma produção do
cérebro.
Para Damásio, assim como os nossos sentido nos dão a conhecer o mundo
exterior através de processos de activação nervosa, as emoções são padrões de
activação nervosa que correspondem a estados do nosso mundo interior. As
emoções são, portanto, representações cognitivas de estados corporais.
Damásio encara, então, o organismo como uma totalidade em constante
interacção com os meios exteriores e interior: o corpo, o cérebro e a mente
agem em conjunto, porque são uma realidade única.
As emoções e os sentidos estão inteiramente relacionados com a razão, são
os alicerces da mente: integram os processos cognitivos e a capacidade de
decidir, bem como a consciência de si próprio. São como que orientadores, guias
internos que nos permitem sentir os estados do corpo (prazer, dor, alegria,
tristeza, desejo, felicidade, etc); são também emissores de sinais que servem
de comunicação aos outros.
Vitor Antunes
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